2 de mar. de 2011

Olha a língua!

Os jargões corporativos são um dos maiores inimigos da comunicação clara e eficiente no trabalho


Seu approach está gerando sinergia com o board? No universo dos negócios, ouvir frases como esta não é incomum. O uso de jargões corporativos faz parte da cultura de muitas empresas e também serve como um código entre profissionais, criando uma relação de proximidade no grupo. O problema é que, quando ele rola solto na empresa, aumentam as chances de haver mal-entendidos. “Por mais disseminados e usuais, esses termos podem gerar interpretações diferentes para cada pessoa”, diz Silvana Mello, professora de recursos humanos da Brazilian Business School (BBS), em São Paulo. Contam aí os estrangeirismos, os termos técnicos e as frases de efeito e motivação que, de tão usados, podem surtir efeito contrário. Não há mal nenhum em usar, moderadamente, os termos dentro da companhia. Eles podem servir, até, como elemento integrador quando um recém-chegado passa a falar a “mesma língua” dos demais — desde que o jargão signifique a mesma coisa para todos. O problema é o excesso, que acaba gerando ruídos e incompreensão. “O abuso do jargão faz com que a comunicação seja menos objetiva e focada no resultado esperado”, diz Silvana.

“Quando entrei na Microsoft, em setembro de 2008, passei uma semana tentando entender o que as pessoas diziam. O pessoal usa muita sigla e palavras em inglês. Para ter uma idéia, meu cargo é consumer & online marketing officer. Internamente, falamos COMO. Para dar conta do que as pessoas diziam, passei meu primeiro fim de semana aqui, sentada na frente do computador, lendo e-mail por e-mail e anotando cada palavra desconhecida em um caderno e procurando seu significado na internet. Guardo até hoje as quatro páginas de caderno com essas anotações.”
Maria Heloísa Morel, 37 anos, diretora de marketing do grupo de serviços online e consumo da Microsoft Brasil

“Trabalhei em uma empresa que foi comprada pela Parmalat. O presidente e os executivos vindos da Itália falavam o tempo todo de um tal de chidi. Não tínhamos a menor ideia do que eles estavam falando e ninguém tinha coragem de perguntar aos novos chefes. Depois de três meses, descobrimos que a palavra nada mais era do que a sigla para o centro de distribuição, que em italiano tem este som: ci (letra c) mais di (letra d).”
Derek Clemence, 48 anos, consultor independente de gestão industrial

“Por cinco anos trabalhei na Dell, onde todos usam termos em inglês. Quando mudei de emprego, tive que me policiar, para não chamar reunião de discussion meeting e almoço de lunch. Em uma negociação, falei a meu colega que precisávamos de um last call do cliente. Percebi que ele não entendeu e corrigi o ruído, dizendo que seria importante que o cliente nos ligasse antes de fechar com outro fornecedor.”
Mario Cilento Neto, 34 anos, consultor de vendas da Seprol

“Em 2008, fomos contratados por um cliente para estruturar em três meses a governança de SOA. No cliente, ninguém sabia o que isso significava, embora o termo fosse constantemente usado em reuniões. Havia ruídos de comunicação na hora de estipular metas e cobrar resultados. Passei praticamente dois meses explicando o significado do termo. Para cumprir o prazo, tive que trabalhar nos fins de semana e feriado. Em tempo, governança de SOA é uma forma de controlar o desenvolvimento de software.”
José Patriota, 27 anos, consultor de governança de TI da consultoria Seedts.

FONTE: Você S/A

Como formar sucessores e se tornar você também o escolhido do seu chefe

Formar sucessores habilitados a assumir seu cargo é uma tarefa que você deve fazer se quiser conquistar sua promoção


José Antônio Furtado (no centro), 47 anos, gerente de TI da Villares Metals, com sua equipe: hábito de preparar sucessores - Crédito: Cláudio Rossi

José Antônio Furtado (no centro), 47 anos, gerente de TI da Villares Metals, com sua equipe: hábito de preparar sucessores

O engenheiro José Antônio Furtado, de 47 anos, gerente de TI da Villares Metals, descobriu cedo que ter um substituto é fundamental. Ele percebia que seu trabalho era valorizado, mas sua promoção nunca chegava. Um dia resolveu questionar o chefe. Como resposta, ouviu que era mesmo muito bom e que não havia ninguém preparado para cumprir a função. Num primeiro momento, José Antônio fi cou revoltado com a explicação.

Depois, decidiu apadrinhar dois pares menos experientes e repassar o conhecimento que tinha. Em oito meses, deixou os pupilos prontos para seu lugar, foi promovido e assumiu uma equipe com 12 pessoas. “Aprendi que para crescer também é importante ter na empresa gente boa e com visibilidade para colocar no seu lugar”, diz. Preparar ao menos duas pessoas para o posto virou hábito para José Antônio. Hoje, como gerente de TI de uma equipe de nove profi ssionais, o engenheiro lança grandes desafi os para que todos estejam preparados para assumir cargos maiores.

Encontrar sucessores é uma tarefa que as empresas não cumprem. Segundo a consultoria Hay Group, só 42% das companhias brasileiras possuem um processo formal para identifi car líderes e só 17% têm um número sufi ciente de profi ssionais capacitados dentro de casa para assumir posições em aberto. Como a empresa nem sempre cumpre sua parte, o profi ssional precisa assumir a responsabilidade por formar os próprios sucessores — e assim se habilitar a uma promoção. “Cada um é responsável por melhorar sua empregabilidade e mostrar isso ao chefe e à empresa”, diz Edson Carli, sócio da consultoria GDT, com sede em São Paulo, que ajuda empresas a identifi car e treinar seus talentos. Foi o que fez Mônica Beckert, de 46 anos, que assumiu no mês passado o posto de executiva de fi nanças da Volvo do Brasil, que tem sede em Curitiba, no Paraná. Para se destacar, ela, que entrou na empresa como secretária, sempre pedia ao chefe tarefas que ultrapassavam as atribuições do cargo. “Mostrar meu trabalho e compartilhar meus objetivos com os superiores foi a receita para ter sido a escolhida”, diz.

“Sempre me preparei para o surgimento de oportunidades e agora procuro estimular meu time a fazer o mesmo”, completa. Deixar alguém pronto para assumir seu lugar (e ainda se preparar para posições mais altas) requer dedicação e pode levar de um a dez anos, dependendo do cargo. Se ao olhar para sua equipe você não vir sucessores, é hora de agir. A regra vale mesmo para quem não ocupa um cargo de gestão. A seguir você confere dicas para identifi car e desenvolver um sucessor e também para entrar de vez na lista dos escolhidos do chefe.

COMO PREPARAR UM SUCESSOR 


1 Identifique o profissional necessário para a empresa. Veja quem tem as competências que mais casam com o modelo de negócio da companhia. Olhe também num horizonte de até cinco anos, para garantir que o perfil do profissional ainda valerá à empresa no futuro.

2 Escolha pelo menos dois profissionais. Colocar todas as fichas em apenas uma opção é arriscado. Você pode errar na escolha ou perder seu escolhido no meio do caminho.

3 Veja quem se destaca no time. Não olhe só números, porque eles não garantem sucesso. A entrega de resultados é importante, mas também é preciso potencial para assumir outros cargos. Em três anos, é possível ver esse profissional duas posições à frente da atual?

4 Dê pequenos desafi os. Delegue tarefas da sua função: man de-o a reuniões importantes, coloque-o como substituto durante suas férias e repasse a coordenação de projetos da área.

5 Pense antes de comunicar o nome do escolhido aos outros. Isso pode causar uma competição desnecessária e impactar na produtividade da área. O sucessor certo deve ser capaz de, sozinho, emitir os sinais e ser legitimado pela equipe.

COMO ENTRAR NO RADAR DO CHEFE


1 Seja responsável pelo seu sucesso. Delegar o rumo da carreira ao chefe ou à empresa é metade do caminho para o fracasso. Quem não gerencia a própria carreira se mostra despreparado a gerenciar equipes e negócios.

2 Traga resultados. Esse é o ingresso para entrar na lista dos escolhidos pelo chefe. Além disso, com um bom desempenho, você consegue condições melhores na hora de plei tear uma promoção com o chefe.

3 Defina e compartilhe seus objetivos. Assim, você terá mais clareza na hora de traçar uma estratégia e poderá contar com a ajuda dos outros para chegar lá. Peça feedback e dicas para o chefe e outros profissionais experientes. Isso dará uma pista das suas chances e de como se preparar para desafios maiores.

4 Mostre-se. É preciso saber valorizar e expor seu “produto” da forma correta e às pessoas certas. Mostre ideias, coordene projetos e assuma mais riscos. Isso vale também com seus pares, já que é fundamental ter o respeito deles para assumir a posição de chefe.

5
Acompanhe seu progresso. Se preparar para assumir o lugar do chefe (ou qualquer outro cargo) deve ser encarado como um projeto. Para isso, crie métricas para acompanhar seu progresso e corrigir possíveis desvios.

FONTE: Você S/A

Pequenas mudanças no orçamento são suficientes para fazer com que sobre mais dinheiro no final do mês

É muito comum as pessoas gastarem quase todo o salário para pagar as contas no final do mês. Com o pouco dinheiro que sobra é muito difícil ter um plano de investimentos. Mas, com simples ajustes no orçamento doméstico, é possível fazer seu dinheiro render mais. O casal carioca Luciano Leite D’Almeida, de 28 anos, e Fernanda Lage Leão, de 29 anos, é um típico exemplo de brasileiros que têm descontrole financeiro e não conseguem poupar.

Com formação técnica em propaganda e marketing, Luciano é gerente de contas da Embratel. Além do salário líquido de 2 300 reais, ele recebe 500 reais de vale-alimentação e vale-refeição, uma ajuda de custo de 900 reais para abastecer o automóvel e comissões mensais que podem chegar a 1 700 reais. Fernanda tem formação técnica em prótese dentária, hoje trabalha como protética e tem uma renda líquida de 830 reais. Em maio, eles gastaram 4 583 reais dos 5 130 reais que receberam de salário. "Quando o Luciano ganha comissão até sobra um pouco de dinheiro, caso contrário, é um mau humor total. Temos muita vontade de poupar, mas falta dinheiro", diz Fernanda. Quando sabem que não vão conseguir arcar com todos os gastos, invariavelmente, Luciano e Fernanda atrasam alguma conta. "Quando percebo que não vai dar para pagar todas as contas, atraso o condomínio", diz Luciano. A revista VOCÊ S/A pediu a consultores de finanças pessoais para analisarem os gastos do casal e traçar alternativas para que eles reduzam as despesas e comecem a fazer investimentos regulares para o futuro.

AS DÍVIDAS

O que mais pesa no orçamento da família é o financiamento do automóvel. São 48 parcelas de 470 reais — o casal deve quitar a última em junho de 2010. Luciano também tem um empréstimo no valor de 222, reais que fez para quitar uma dívida de cheque especial, e termina de pagar em novembro. Outro gasto significativo é o cartão de crédito. Em maio Luciano pagou 600 reais e 50% eram referentes à compra de roupas. “Eu e a Fernanda compramos roupas para o nosso filho, David, de 3 anos, ele cresceu e as antigas não serviam mais”, diz. Fernanda tem dois cartões de crédito. Ela parou de usar um deles depois que precisou parcelar a fatura e arcar com os altos juros do crédito rotativo. "Percebi que não iria dar conta dos gastos", diz.

No mês de maio ela pagou 300 reais da dívida, mas ainda deve 800 reais para a administradora do cartão. Com o susto decidiu diminuir os gastos do outro cartão e já fez as contas: em junho, a dívida com o cartão deve cair de 445 para 170 reais. “Estou tentando controlar meus gastos, mas é difícil”, diz Fernanda. Especialistas em finanças pessoais alertam que o casal não pode considerar a receita variável quando se compromete com uma dívida. “Os gastos precisam ser alinhados à receita fixa da família”, diz Mário Amigo, consultor financeiro da Mercer, consultoria global do Rio de Janeiro.

SOLUÇÕES IMEDIATAS

O casal tem 3 000 reais alocados em uma poupança. Mesmo com o orçamento apertado, Luciano tenta investir 100 reais todo mês. Mário, consultor da Mercer, aconselha o casal a usar parte do dinheiro da poupança para quitar o empréstimo do cheque especial. Eles também podem usar a grana aplicada para quitar os 800 reais que faltam para liquidar a dívida do cartão de Fernanda. “Mas não devem acabar com todo o dinheiro da poupança. É sempre importante ter uma reserva financeira”, diz Mário.

Se seguirem essas dicas, Luciano e Fernanda vão conseguir aliviar um pouco mais os gastos mensais. Outra dica é aproveitar a comissão que Luciano recebe da empresa para reduzir o valor do financiamento do automóvel. Luciano e Fernanda podem optar também por não usar a poupança e aproveitar o dinheiro que sobra do mês, cerca de 500 reais, para reduzir as dívidas, inclusive do automóvel. Mas, se não sobrar dinheiro, eles devem usar a poupança “As taxas de juro das dívidas são superiores ao juro pago pela poupança”, diz Mário.

Os consultores aconselham o casal a diminuir os gastos com energia elétrica. Fernanda admite que já tentou, mas não conseguiu. “Eu podia economizar muito mais, mas não estamos conseguindo. Eu uso muito o secador de cabelos e a máquina de lavar.” O casal também mudou o plano de telefonia tradicional para um econômico. “A conta do telefone chegava a 250 reais, não dava mais”, diz Fernanda.

MAIS RENDA

A alternativa para que o casal não precise encurtar ainda mais os gastos é o aumento da renda. Para os consultores, Luciano, que está no último ano do curso de propaganda e marketing, tem muitas chances de aumentar o teto salarial. Já Fernanda pode investir em cursos relacionados à área em que atua. O que o casal não pode esquecer é que em breve os gastos vão se intensificar. “Quando o David chegar à adolescência, o Luciano e a Fernanda vão precisar pagar cursos e os desejos da criança também vão aumentar”, diz o consultor Raphael Cordeiro, da Raphael Cordeiro Consultoria de Investimentos, de São Paulo. Luciano e Fernanda fizeram um plano de aposentadoria complementar para o filho David. “A família precisa se preocupar em fazer uma poupança para que, no futuro, o filho tenha dinheiro para investir na educação”, diz Raphael.

INVESTIMENTOS

Com alguns ajustes e com o que sobra do salário, Fernanda e Luciano podem voltar a investir regularmente na poupança. Se economizar 10% de energia elétrica, 50% no pacote da TV a cabo, 10% com alimentação, eliminar a academia e reduzir em 25% os gastos com transporte, o casal vai poupar por mês 353 reais, que, aplicados ao longo de um ano na poupança, somarão 4 417 reais. Se conseguirem poupar todo mês 550 reais, a família vai ter, depois de um ano, 6 822 reais.

FONTE: Você S/A

Classe C entra no radar até de uísque importado

Empresas como a britânica Diageo, proprietária de marcas como Johnnie Walker e Smirnoff, criam diretorias para conquistar consumidor emergente

Uísque Johnnie Walker e caipirinha com vodca Smirnoff não são mais coisa apenas de baladas dos bairros nobres dos grandes centros. Pelo menos no que depender de Eduardo Bendzius, diretor de desenvolvimento de negócios da britânica Diageo, que distribui as duas marcas, as bebidas estarão bem representadas também nos bailes da Baixada Fluminense e nas casas noturnas da Zona Leste de São Paulo.
A companhia de bebidas segue uma tendência do mercado de RH: a criação de diretorias ou gerências que se dediquem a "decifrar" os hábitos de consumo dos "emergentes". Para Carlos Guilherme Nosé, diretor da consultoria em recursos humanos Fesa, a preocupação com a classe C recai mais sobre as áreas de marketing e produtos. "Bens de consumo não duráveis, como higiene, limpeza, alimentos e bebidas, são itens a que este público aspira", diz. "Muitas vezes, a saída encontrada é fazer pequenas adaptações nos itens para atender à nova classe média."

No caso da Diageo, entretanto, a aposta é outra: o setor capitaneado por Bendizius, criado há seis meses, não vai criar embalagens populares ou variações especiais dos produtos para conquistar novos clientes fora dos bairros de maior poder aquisitivo. A intenção é convencer, mesmo para quem ganha menos, que vale a pena investir no consumo de uma bebida mais refinada - além do Johnnie Walker e da Smirnoff, a empresa também mantém rótulos como a tequila José Cuervo e o licor Baileys.

"Não queremos substituir a cerveja. Mas, em celebrações especiais, como uma festa de fim de ano, dá para vender o Red Label ou até o Blue Label para este público", diz o executivo. Segundo Bendzius, é uma questão de prioridade: se a pessoa está disposta a pagar um alto preço por um tênis de determinada marca, pode também pagar pela "experiência" de uma bebida ainda associada à classe A. "O consumidor está aberto a coisas melhores", diz o executivo. "E os nossos produtos são "classe média" em todo o mundo. E, agora, a mesma mentalidade começa a ser aplicada ao Brasil, que está com a economia mais forte."

Novo conceito. Embora empresas de consumo como Ambev e Nestlé desenvolvam produtos específicos para a classe C - a primeira lançou a cerveja de 1 litro e a segunda desenvolveu um sistema de venda porta a porta -, o consultor André Torretta afirma que isso não quer dizer que existam "dois Brasis" com realidades de consumo distintas.

Aos poucos, diz o especialista, o conceito do que é o "gosto geral" começa a mudar. "Nos Estados Unidos, vende-se para o americano médio. Mas aqui, durante algum tempo, os executivos pensavam no produto para eles mesmos. Com a expansão da classe média, o conceito de "tendência" é outro: não importa se eu não gosto de funk ou pagode; importa se o meu cliente gosta", ressalta Torretta, fundador da consultoria A Ponte Estratégia, especializada em aproximar grandes corporações dos "emergentes".

Para o consultor, os produtos já ganharam uma cara realmente brasileira: "O mercado local se acostumou a vender para a "Bélgica"; agora, tem de vender para a "Índia", a maioria. Antes, só existia calça jeans para gente alta e magra, biotipo que exclui a maioria dos brasileiros. Isso já começa a mudar", exemplifica.

FONTE: Portal de Branding

Por que desistir de acreditar?

A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada “Ciranda da Bailarina”. Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas, abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.
Superar a zona de conforto – Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O detalhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se transformar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espelho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina, se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez, você não tenha feito o melhor possível e para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.
Alterar o estereótipo de perfeição – Há no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber, o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.
Não deixe a cortina do palco da vida fechar – A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: “Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!” Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições, de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão a sua volta. Ninguém mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.
A letra da música “Ciranda da Bailarina” diz: “Sala sem mobília, goteira na vasilha, problema na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem”. Incertezas, receios, adversidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas a sua volta, tenham a capacidade de destruir sua autoestima e, paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar, mais em você, não é amanhã, mas já!
Dalmir Sant’Anna é palestrante comportamental, mestrando em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de Diferenciação”. www.dalmir.com.br

FONTE: Site Empreendedor

Não fique de fora das redes sociais

As redes sociais não só mudaram a forma das pessoas se relacionar como vêm transformando a busca por uma vaga no mercado de trabalho. Durante apuração da matéria Contatos Imediatos, da edição de fevereiro da Você S/A, fiquei surpresa com a quantidade de grandes empresas que usam o LinkedIn para encontrar talentos. Ernst&Young Terco, Nestlé, Oi, Vivo, SAP são alguns exemplos, além das tradicionais consultorias de recrutamento como Michael Page e Robert Half.

Um grande avanço se compararmos ao que acontecia há oito anos, quando sequer existia sequer o hábito dos RHs em contratar empresas especializadas para achar profissionais. O processo era feito em casa mesmo. Mas será que as companhias já enxergaram o poder que o Facebook, LinkedIn e Twitter possuem? Sim e não. Muita coisa ainda está incipiente e há inúmeras barreiras a serem quebradas. Ainda existe um certo olhar desconfiado sobre sua real eficácia.

Entretanto, é fato que as mídias sociais vieram pra ficar. Algumas empresas sabem disso e tentam desenhar estratégias que não as deixem de fora dessa nova onda. O “como” é uma incógnita. Desafios a parte, novas mudanças estarão por vir e é bom ficar atento. Para os candidatos que querem aproveitar a boa maré econômica e o boom de ofertas de vagas do mercado, saber estar na vitrine e chamar a atenção dos recrutadores são atitudes que fazem toda a diferença.

E isso vale também para profissionais seniores. Muitas empresas com as quais falei sentem falta de bons perfis com mais de 40 anos. Talvez exista aí nessa faixa etária uma certa resistência em aderir às redes sociais, o que poder ser um erro mortal e algumas chances  perdidas por estarem de fora.

FONTE: Você S/A

Crise africana faz combustível no Brasil ficar mais barato

RIO - Os acontecimentos no Norte do continente africano levaram o preço dos derivados vendidos pela Petrobras a atingir pela primera vez em dois anos um patamar inferior ao que poderia ser alcançado caso a empresa repassasse integralmente a variação do barril de petróleo. A afirmação foi feita hoje pelo diretor financeiro e de relações com investidores, Almir Barbassa, que participa de teleconferência com analistas.

O executivo afirmou que desde 2008 a Petrobras vendia no mercado brasileiro combustível a preços acima do que seriam praticados caso houvesse repasse integral da variação do preço do petróleo.

"Em 2010 a margem foi menor, mas se manteve positiva. No final do período, devido aos acontecimentos no Norte da África, houve alteração do preço, que não foi transferida para o mercado doméstico", disse Barbassa.
Desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, a Petrobras pratica uma política que chama de convergência de preços no longo prazo, com o objetivo de não repassar para o consumidor brasileiro a volatilidade das cotações do mercado internacional, muitas vezes considerada especulativa pela estatal.

FONTE: UOL

Seis novidades sobre o Android 3.0 que o tornam especial

O HoneyComb é a primeira versão do sistema com interface bem trabalhada e sem a impressão de ainda estar em desenvolvimento.


O Android sempre me trouxe frustração. Não que eu tenha algo pessoal contra a Google, mas ele sempre me pareceu uma plataforma 'beta' e não um sistema testado e adequado para o meu smartphone. Ainda sim, confesso que acompanhei a sua evolução desde sua estreia no evento T-Mobile G1, em 2008, e algumas vezes pude analisar as  versões mais recentes com interfaces mais intuitivas e amigáveis, principalmente, para competir - e derrubar - o sistema iOs, da Apple, utilizado no iPhone 4.
Entretanto, com o novo Android 3.0, também chamado de HoneyComb, pude pela primeira vez conter as minhas insatisfações e críticas.

Dia 24 de fevereiro, data oficial de lançamento do tablet Xoom, da Motorola, primeiro com HoneyComb, me vi realmente desfrutando - e não reclamando - dos tão prometidos benefícios deste sistema. O que não acontece quando executo, por exemplo, a versão 2.1 em um Samsung Galaxy S, que sempre me deixa impressionado com a dificuldade de navegação, principalmente, quando comparo ao iPhone 4.

De fato, quando se trata de interface, valorizo um estilo limpo, organizado, prático e de fácil navegação. Isso significa o mínimo de digitação e não ter que mover meus dedos de um lado para o outro da tela para realizar tarefas simples. E o Android 3.0 é que o mais se aproxima disso, sem dúvida.

O HoneyComb é o primeira versão do Android com interface bem trabalhada e que não me transmite a sensação de que é uma versão em desenvolvimento que está esperando para ser lançada. Isto é bastante perceptível sobretudo nos pequenos detalhes - como ser capaz de tocar qualquer parte da tela para fechar uma janela de menu - que fazem o Android 3.0 infinitamente mais útil, que as versões anteriores.

Abaixo estão seis coisas importantes sobre a plataforma da Google que realmente me impressionaram durante minha experiência com o tablet Xoom.  Alguns desses itens estão relacionadas diretamente com críticas que tenho feito para a versão 2.2, também chamada de Froyo; enquanto os demais são novos complementos que trouxeram vida ao sistema operacional.

Melhor navegação por abas

Um dos principais destaques do novo sistema é a navegação por abas de forma mais parecida com a que estamos acostumados em nossos PCs e nos permite alternar entre diferentes janelas de maneira bastante fácil. Não há mais necessidade de ir a uma tela separada e selecionar uma imagem em miniatura. As abas ficam localizadas na parte superior e você pode alternar entre os sites com um piscar de olhos. (E, teoricamente, você não tem limite no número de abas abertas.) Além disso, não existe menus pop-ups para definir, pesquisar, adicionar bookmarks ou visualizar e gerenciador downloads - todas estas funções estão integradas diretamente no navegador.

Novos recurso de edição de texto

Nos aparelhos com as versão 2.x do Android, a edição de um texto incorreto é um pesadelo: o Android abre uma caixa grande que, em algumas casos, cobre completamente a linha digitada. Então dentro desta caixa você tem as opções "selecionar tudo" "selecionar o texto', 'cortar tudo", "copiar todos ', ou (o meu favorito em algumas versões) alterar o seu "método de entrada", para escolher mudar o teclado para Swype.
Agora, de forma mais prática, você seleciona o texto, mantém o dedo sobre um ponto e depois espera as barras de seleção de texto aparecerem. O próximo passo é arrastar os dedos do ponto inicial e até final do texto selecionado e, em seguida, escolher entre as opções de menu no topo da tela: selecionar tudo, recortar, copiar ou compartilhar via Bluetooth ou Gmail. Outra alternativa, é a possibilidade de segurar em um ponto e abrir todas opções de edição disponíveis.
Embora nenhum método seja perfeito, editar um texto está muito mais fácil do que nas versões anteriores.


Tela de Notificações

Aqui está outra interface aprimorada. Toque uma vez e aparecerá uma versão estendida das notificações. Claramente visíveis estão a rede e bateria (com porcentagem restante), para não mencionar a data e a hora.
Toque novamente para facilmente acessar a opção de modo avião, configurações de WiFi, botão de orientação para travar a tela, habilitar notificações e controles de brilho. O sistema também possui um atalho direto para o painel de configurações. Em geral, o design fornece acesso fácil e rápido, com boa apresentação visual. Está é uma grande vitória para os usuários

Teclado Virtual

A interface do teclado e sua resposta aos comandos estão muito melhores – pelo menos, no modo como foi implementado no Motorola Xoom. Claro, eu gostaria que seu tamanho pudesse ser ajustado e que tivesse uma fileira só para os números – tal qual no WebOS do TouchPad – mas devo admitir que as teclas estão bem mais organizadas se comparadas ao Froyo. A do espaço e a do enter estão maiores, há um botão “.com” - muito útil na hora de digitar endereços de sites – e outro para ativar o comando de voz.


Widgets

As opções de widgets disponíveis são, espero, só o começo. Eles abrem novas possibilidades para acessar informações rapidamente. Alguns, é verdade, são inconvenientes - eu não poderia ligar menos para o mais popular dentre eles, o do YouTube - mas, em geral têm interface amigável. Seria ótimo, por exemplo, se lançassem um widget parecido com o Books, mas que funcionasse também com jornais e revistas. Outros já estão inclusos: para favoritos, calendário, Gmail, música, Android Market. Enfim, basta escolher qual você quer que apareça na tela inicial.

A questão sobre os widgets é ter acesso a dados em tempo real, sem ter quer abrir qualquer aplicativo para isso. É como se a informação viesse ao seu encontro em vez de ter de procurá-la. Torço para que eles fiquem ainda mais customizáveis à medida que o Honneycomb for se popularizando. Afinal, o sistema tem seis telas iniciais e nós precisamos de muitos recursos para preenchê-las.


Navegação

Os botões são sensíveis ao contexto e ao posicionamento. As opções exibidas serão de acordo com o aplicativo que estiver aberto e, se você girar o tablets, os ícones também se adaptarão, ficando mais largos ou mais altos.

Ainda assim, algumas escolhas me incomodaram. Não gostei da aparência do botão de voltar – ele parece mais um favorito – e não entendi por que o ícone para multitarefa apenas exibe os últimos seis aplicativos usados. Outra questão é quanto à possível confusão dos usuários, que poderão ter dificuldade para se adaptar às opções exibidas em cada programa – talvez acabem apertando muitos mais botões do que precisariam.

De qualquer forma, esses detalhes deverão ser resolvidos mais para frente. De modo geral, a navegação foi significativamente melhorada.


FONTE: Idg Now

Google admite falha em servidores do Gmail e restaura contas

Foram quase 24 horas de falha dos servidores de Gmail e de aplicativos da Google. O erro, afirma a empresa, foi em um software de armazenamento.

Boas novas. A Google ter identificado a falha que apagou os emails de aproximadamente 150 mil usuários e aplicativos e já começa a restaurar as contas.


"Estamos progredindo e a situação deve se normalizar em pouco tempo", afirma a empresa no blog do Gmail.
No post, a empresa afirma que a falha afetou inclusive os servidores redundantes, onde ficam hospedadas as cópias dos emails. "Algumas cópias foram deletadas  e, nas últimas 30 horas, temos trabalhado duro para devolver esse conteúdo aos usuários", diz o post.


Fita


Para oferecer maior proteção aos dados dos usuários, a empresa está recuperando os arquivos a partir de fitas usadas para o backup dos dados. Ocorre que o conteúdo das fitas não fica ligado a nenhuma rede, e  restaurar os dados a partir das fitas é um processo demorado. "É por isso que a transferência dos dados para o data center leva algumas horas e não millisegundos, como estamos acostumados", informa o vice-presidente de engenharia da Google, Ben Treynor.


Segundo executivo, a implementação de um software para atualização da infraestrutura de armazenamento ocasionou a falha que resultou na perda temporária do conteúdo de 0,02% das contas Google (150 mil, ao todo). O estrago só não foi  maior, porque, ao descobrirem a falha, os engenheiros da Google interromperam imediatamente a atualização do software de armazenamento.


Quem foi afetado pelo erro dos servidores da Google não recebeu mensagens enviadas entre as 6h da manhã de 27 e 2h da madrugada de 28 de fevereiro (horário do Pacífico). Quem enviou as mensagens deve receber nas próximas horas uma notifcação de falha de envio de email.
A Google encerra o post com um agradecimento a quem passou por esse "susto" com eles.


Às seis da manhã de hoje, usuários ainda reclamavam da indisponibilidade dos serviços Gmail.




FONTE: Idg Now

Firefox 4 vai ser a última grande atualização do navegador

  Apesar de estar atrasado em alguns meses, o Firefox 4 deverá ser lançado nas próximas semanas e com ele a Mozilla vai mudar toda sua estrutura de atualizações. A mudança foi anunciada pelo vice-presidente de produtos da Mozilla, Jay Sullivan, em uma entrevista ao site PCPro.
Firefox (Foto: Reprodução)Firefox (Foto: Reprodução)
Segundo ele, O Firefox 4 vai ser a última grande atualização do principal navegador da empresa. A partir dessa versão a Mozilla vai focar em outro objetivo: colocar mais poder de navegação na mão do usuário e com maior frequência. Por isso, eles passarão a liberar mais versões do Firefox em períodos mais curtos de tempo. Se conseguirem manter o que está programado para o roteiro do Firefox, é possível que cheguem até à versão 7 do navegador ainda no final desse ano.

Esse esquema de liberação de atualizações pequenas e mais rápidas é chamada entre desenvolvedores de Release early, release often (‘libere mais cedo, libere mais rápido’ em tradução livre) e é a mesma usada no navegador Chrome e no Kernel do Linux.

Outro aspecto que deve mudar é a quantidade de vesões de teste do navegador. No passado, a Mozilla chegava a liberar de 3 a 4 betas do Firefox, mas com a chegada do Firefox 4, pela primeira vez a empresa liberou 12 versões de teste.

FONTE: Tech Tudo

Estrangeiros 'estudam' Brasil para aprender a ganhar dinheiro no país

Enrico Soffi, 45 anos, deixou a Itália em abril do ano passado e veio ao Brasil focado em construir imóveis de até R$ 270 mil, voltados para a classe média. Investiu R$ 1 milhão em 2010 e prevê ampliar em pelo menos 50% os aportes este ano. ”Queremos aproveitar a falta de habitação que têm as classe C e B, que estão crescendo e não têm a capacidade de comprar uma casa de R$ 600 mil”, diz Soffi, que vê um momento de expansão “extraordinária” no país.

O caso de Enrico não é isolado: de acordo com dados do Banco Central, mais de US$ 15 bilhões de dinheiro estrangeiro entraram na economia do país só em dezembro, por meio de investimento direto na produção. No ano, o montante chegou a US$ 48,4 bilhões, maior valor desde 1947, em meio a um cenário em que a economia no Brasil está aquecida e que países ricos da Europa lutam para superar as sequelas deixadas pela crise financeira internacional.

Para não se perder em um mercado que difere em idioma, sistema tributário e preferências culturais, Enrico buscou a ajuda de uma consultoria especializada e se saiu bem. Desfecho diferente do que teve a empresária também italiana Sônia Ferrari, que demorou mais de um ano para conseguir tirar um visto permanente para atuar no Brasil como investidora: enfrentou muita fila e burocracia até entender o que estava errado com a sua documentação.

"Demorei um tempo pra entender que estive com problema, nada se faz sem experiência. Vi que estava mal assessorada e por isso depois fui procurar e testar mais escritorios", diz ela que, depois que conseguiu a assessoria correta, obteve o visto em menos de dois meses. Mesmo assim, acredita que o potencial de ganhos no Brasil compensa os obstáculos.

"Com certeza vale a pena. Para qualquer empresa de grande porte seria um erro fatal não conquistar o seu espaco aqui hoje, e preparar o seu futuro para tempos ainda melhores daqueles que já estamos vivendo aqui no Brasil", analisa. "Sei de muitas empresas americanas e europeias que já estavam aqui antes da crise e que os lucros daqui ajudaram seus balanços de forma sensível", diz.

É preciso entender a cultura do país e as suas peculiaridades"Sônia Ferrar, consultoraHoje, ela abriu uma empresa para orientar estrangeiros na mesma situação de "desamparo" inicial. Mais que isso: representa marcas europeias que precisam de contato, distribuição, compradores e parceiros para entrar com suas operações no Brasil. O foco principal são as marcas de sapatos, bolsas e acessórios, em projetos que somarão mais de R$ 15 milhões só no ano da implementação.

"É preciso entender a cultura do país e as suas peculiaridades, fazendo isso com profissionais e assessores de comprovada experiência. Uma empresa que queira entrar no país e não ter problemas não pode subestimar esse aspecto", ensina Sônia.

Na consultoria KPMG, a demanda de estrangeiros por informação sobre o Brasil cresceu tanto que a empresa criou uma unidade específica para esse tipo de atendimento. A KPMG Global Business, criada em novembro, tem o objetivo de dar ao estrangeiro um "intensivão" sobre o país.

"Pegamos representantes de diversos setores para dar um 'banho' de Brasil no investidor; organizamos estrategicamente atendimentos que já aconteciam de forma separada. A gente acha que isso é o que o governo o deveria fazer também: centralizar as informações para recepcionar esse público", diz Marienne Coutinho, uma das líderes do projeto.

Augusto Salles, outro sócio líder do Global Business, diz que a procura estrangeira aumentou de duas consultas por semana para duas por dia. Origens variadas – EUA, Inglaterra, China, Índia e Japão aparecem entre os interessados - e dúvidas de todo tipo. Desde chineses projetando investimentos de bilhões, até empresas americanas que cobiçam o mercado de caixas d'água no Brasil. "Tem diferentes níveis de conhecimento. Uns já conhecem as peculiaridades, o tamanho, a economia emergente. Outros têm uma visão ingênua, tipo: 'eu tenho uma caixa d'água matadora que se chegar no Brasil vai arrasar. Vocês usam caixa d'água no Brasil'?", conta Salles.

Grande parte do interesse desse dinheiro internacional pelo país vem do grande potencial de crescimento do consumo brasileiro. Levantamento feito pela consultoria KPMG com investidores potenciais de diversos países do mundo aponta que, dos 500 entevistados, 66% afirmaram que pensam em investir no Brasil para aumentar a base de consumidores por meio dos mercados locais e regionais.

Estamos mais bonitinhos porque eles (Europa) estão feios, então parece que nós somos a virgem linda. Eu acho que o Brasil está normal"Jenesi FigueiredoAlém disso, 41% já investem no Brasil e pretendem expandir suas operações; outros 10% também já são investidores, mas não têm planos de expansão. Questionados sobre qual é o atual ou pretendido modelo de negócios da sua empresa para o Brasil, 53% responderam investimento estrangeiro direto.

Jenesi Figueiredo também orienta estangeiros na FK Consultoria e diz que uma das razões para tanta atratividade brasileira é a situação ruim da Europa, abatida pela crise.

"Estamos mais bonitinhos porque eles estão feios, então parece que nós somos a virgem linda. Eu acho que o Brasil está normal", avalia. Em seu escritório, que teve expansão de 20% no movimento no ano passado, atende-se em italiano, inglês, sueco e até árabe.

"A imigração tem regras, e tem gente que não acredita nisso até ser deportado. Já temos muitos italianos, espanhóis e alemães vindo em função das Olimpíadas e da Copa do Mundo", diz.

O engenheiro francês Vincent Lefeuvre, 40 anos, comemora o fato de ter se interessado em investir no Brasil desde antes de 2002, ano em que se casou com uma carioca e mudou-se definitivamente para cá.

"Cheguei antes da crise na Europa, mas foi durante a crise que eu percebi que eu tive razão de investir no Brasil. Agora eu tenho na frente dos outros uma vantagem de cinco anos. E isso vale ouro no mundo dos negócios", diz o dono da Tecohnopolis Consulting, especializada em estruturar e implementar fábricas e parcerias entre empresas estrangeiras e brasileiras no setor industrial. A previsão é de que em 2011 a empresa invista entre R$ 200 mil e R$ 400 mil em escritórios e contratação de pessoal qualificado na area da gestão de projetos e contratos.

Na opinião do francês, o caminho para evitar problemas por falta de informação é mesmo buscar ajuda privada. "É mais uma pista de obstáculos permanentes. Os problemas não impedem a empresa de funcionar, mas tem um custo de tempo e de energia muito alto", diz ele, que garante já estar habituado à lentidão do processo . "A burocracia é terrível. Mas não é pior que na França".

FONTE: G1