24 de abr. de 2011

Agora que o negócio vai pegar fogo: vem aí a geração Z

“Moça, me dá a senha do wi-fi, só um pouquinho”, insistia o Davi. “Não podemos, é uma senha da administração”, explicava a gerente. O Davi tem só 10 anos e já é um havy user. Seu irmão, de 12 anos, é outro caso a parte: aos 12 anos já tem um Tumblr e faz programação de sites. Sim, você leu direitinho: ele faz programação de sites. Conheci os dois em Maceió (cidade linda por sinal) assim que terminei a palestra no Eread (evento incrível que acontece no Nordeste e reúne os estudantes de administração de todos os estados da região). Fiquei, sinceramente, bem impressionado com o que vi. A desenvoltura que ambos têm com a internet e com os gadgets deixa, qualquer um de nós – com vinte e poucos anos -, no chinelo.

Tanto o Davi como o Theo são exemplos puros da nova geração que vem por aí: a geração Z. Eles nasceram praticamente onlines. Desde pequenininhos estão acostumados com esse cybermundo. E, melhor que nós Ys, eles sabem migrar muito bem do on para o off line. O Z, que nomeia a geração, vem de zapear. Segundo a Wikipedia (vamos dar um crédito a ela nesse caso, o Michaellis ainda não se atualizou com novos verbetes), “zapear é o ato de mudar rápida e repetidamente de canal de televisão ou frequência de rádio, de forma a encontrar algo interessante para ver ou ouvir. Etiologicamente, o zapear pode também ser demonstração de angústia, desatenção, hiperatividade, tique ou mania.”

Não precisamos ir muito longe para entender que a forma como os Zs pensam tem uma grandíssima influência nesse ato de ficar zanzando por várias mídias. Se uma das característica dos Ys é ter uma visão global e rasa das coisas, mesmo quando fragmentadas, eu apostaria dizer que os Z têm uma visão global e com uma profundidade maior que sua geração anterior. Eles estão sendo criados dentro de um ambiente que os proporciona essa visão macro. Eles unem os fragmentos de forma genial e principalmente de forma natural. E isso é muito óbvio para eles: afinal, eles usam gadgets, computadores, tablets e muitos outros aparelhos eletrônicos. Só que com um detalhe muito importante: todos esses aparelhos são extremamente conectados uns com os outros.

Me senti um verdadeiro baby boomer quando vi os dois irmãos. E achei isso ótimo! É um tapa na cara, como diz um grande amigo meu. Mosta que ainda temos muito a aprender nesse mundo digiral. Quero ver quando os Zs chegarem nas empresas e estivermos em cargos de gestão. Será que estaremos preparados? Porque, cá entre nós, os Xs são muito legais. Nos receberam e nos aceitaram muito bem – salvo raríssimas exceções. A pergunta que fica é: em pouco tempo seremos gerenciaremos os Zs. E aí, vai encarar?

Fonte: Estagiário Y / Você S/A

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